sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

EVANGELHO DO DIA ( MÊS DE DEZEMBRO )

06-12-2013 (Bíblia Ave Maria)


"Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: "Filho de Davi tem piedade de nós!" Jesus entrou numa casa e os cegos aproximaram-se dele. Disse-lhes: "Credes que eu posso fazer isso?" - "Sim, Senhor", responderam eles. Então ele tocou-lhes nos olhos, dizendo: "Seja-vos feito segundo vossa fé." (Palavra da Salvação; Glória a vós Senhor!)


O que vemos no Evangelho de hoje é a eficácia da fé. A partir dela, percebemos que os dois homens ao avistarem Jesus sentiram-se como que atraídos pela Sua presença e insistiram naquilo que eles mais queriam; a cura da visão! Porém, antes, Jesus pergunta-lhes se eles creem que Ele pode fazer tamanho acontecimento e a resposta deles veio rápida, segura e firme: "Sim,Senhor". Só depois dessa resposta, foi que Jesus tocou-lhes nos seus olhos, dizendo: "Seja-vos feito segundo vossa fé". É o encontro da LUZ, do PODER e da MISERICÓRDIA do Senhor, com a daqueles dois homens, para o milagre de fato se realizar. O toque das mãos de Jesus os sarou. Peçamos ao Senhor a graça do dom da fé, para que as nossas misérias humanas sejam lavadas, saradas e curadas das sujeiras que contaminam nossas almas, impedindo-nos de enxergar as maravilhas que o Senhor em nós pode realizar através da confiança em seu amor por nós. "SENHOR EU CREIO, MAS AUMENTAI A MINHA FÉ"

sábado, 9 de novembro de 2013

EVANGELHO DO DIA ( MÊS DE NOVEMBRO )

10-11-2013


Evangelho (Lc 20,27-38): Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, os quais negam a ressurreição, e lhe perguntaram: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a mulher. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher». Na ressurreição, ela será esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa».
Jesus respondeu-lhes: «Neste mundo, homens e mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos; serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, também foi mostrado por Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama o Senhor de ‘Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó’. Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele».


Comentário: Mn. Ramon SÀRRIAS i Ribalta (Andorra la Vella, Andorra)
Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele
Hoje, Jesus faz uma clara afirmação da ressurreição e da vida eterna. Os saduceus duvidavam, ou pior ainda, ridicularizavam a crença da vida eterna depois da morte, que —pelo contrário— era defendida pelos fariseus e também por nós.

A pergunta que fazem os fariseus a Jesus «Na ressurreição, ela será esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa» (Lc 20,33) deixa entrever uma mentalidade jurídica de possessão, uma reivindicação do direito de propriedade sobre uma pessoa. Além disso, tenta enganar a Jesus, isso mostra um equívoco que existe ainda hoje; imaginar a vida eterna como uma prolongação, depois da morte, da existência terrena. O céu consistiria numa transposição das coisas bonitas das quais gozamos.

Uma coisa é crer na vida eterna e outra imaginar-se como será. O mistério que não está rodeado de respeito e discrição, periga ser banalizado pela curiosidade e, finalmente, ridicularizado.

A resposta de Jesus tem duas partes. Na primeira tenta que possam compreender que a instituição do matrimônio não tem ração de ser na outra vida «Os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam» (Lc 20,35). O que si perdura e alcança a sua máxima plenitude é tudo o que tenhamos semeado de amor autêntico, de amizade, de fraternidade, de justiça e verdade...

O segundo momento da resposta deixa-nos duas certezas: «Ele é Deus não de mortos, mas de vivos» (Lc 20,38). Confiar neste Deus quer dizer, dar-nos conta que estamos feitos para a vida. E a vida consiste em estar com Ele constantemente, sempre. Além disso, «Todos vivem para Ele» (Lc 20,38): Deus é a fonte da vida. O crente, imerso em Deus pelo batismo, foi arrancado para sempre do domínio da morte.

«O amor se transforma em uma realidade cumprida se é incluído em um amor que proporcione realmente eternidade». (Bento XVI)



09-11-2013 (Bíblia Ave Maria)


"Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos que vendiam as pombas: "Tirai isto daqui e não façais da casa do meu Pai uma casa de negociantes." Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: "O zelo da tua casa me consome (Sal.68,10).
Perguntaram-lhe os judeus: "Que sinal nos apresenta tu, para proceder deste modo?" Respondeu-lhes Jesus: "Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias." Os judeus replicaram: "Em quarenta e seis anos foi edificado este templo e tu hás de levantá-lo em três dias?!" Mas Ele falava do templo do seu corpo. Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus." Jo.2,13-22 ( Palavra da Salvação; Glória a vós Senhor! )


Hoje, celebramos a dedicação à Basílica de São João de Latrão. Em Roma existem quatro basílicas papais; a mais conhecida é a de São Pedro, mas temos a Basílica de Santa Maria, a maior; a Basílica de São Paulo fora dos muros e aquela que foi a primeira igreja construída em Roma, onde era a sede da Igreja. Esta, tida como a Catedral de Roma, é chamada de São João de Latrão, dedicada à glória de Deus, ao culto d’Ele; ao mesmo tempo, representa o governo da Igreja, sua sede edificada sobre Pedro.
Meus irmãos, celebrar um culto à Igreja é, antes de tudo, reconhecer o templo, o local da celebração como lugar da presença de Deus. Uma vez que nós celebramos a igreja mãe, que está em Roma, celebramos as igrejas que estão no mundo inteiro. Quando celebramos a Catedral de Roma, estamos celebrando aquela que é a mãe de todas as igrejas.
Nós podemos fazer a seguinte pergunta: para que serve um templo, uma basílica, uma catedral, uma igreja? Para o culto a Deus, para que neste lugar o nome d’Ele seja exaltado, louvado, glorificado, adorado acima de qualquer outra coisa. 
Nós nos enganamos quando vamos à igreja simplesmente para pedir favores a Deus ou para nos encontrarmos com as pessoas. A igreja é lugar do nosso encontro com o Senhor, onde Ele se faz presente de forma mais excelente e eficaz. A igreja é o lugar da morada do Senhor. Que respeito, que zelo devemos ter para com a casa do Pai! 
Infelizmente, meus irmãos, aquilo que os mercadores fizeram com o templo nós também fazemos com a casa de Deus. Sim, dentro de um templo há muita conversa, muita bagunça. Às vezes, não conseguimos sequer rezar, porque é conversa para lá e para cá, é um festival de vaidades, roupas, cabelos… Fazem da casa do Senhor uma passarela.
Quando celebramos a Igreja, que é a mãe de todas as igrejas, nós queremos assumir aquilo que Jesus fez, ou seja, expulsar da casa de Deus aquilo que não é d’Ele e assumir todo zelo pela casa do Senhor. Assumir que vamos à igreja para nos encontrarmos com o Pai. E o encontro com Ele deve ser a coisa mais importante quando nos dirigimos a casa do Senhor.
Deus abençoe você! HOMILIA DO PADRE ROGER ARAÚJO; SACERDOTE DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA.

sábado, 2 de novembro de 2013

"CARÊNCIA" ( PALAVRA CHAVE NO MOMENTO DE ORAÇÃO QUE FOI REVELADA PELA LUZ DA INSPIRAÇÃO.)


    CARÊNCIA; VAZIO EXISTENTE NO INTERIOR DA GENTE, UMA ETERNA BUSCA PELO O QUE NÃO SE VÊ MAS SE SENTE. TODO SER HUMANO É CARENTE, ENQUANTO ELE INSISTE NUMA BUSCA QUE NÃO PREENCHE. 
       BUSCA O QUE TE COMPLETA, BUSCA O QUE TUA ALMA ALEGRA, AÍ SENTIRÁS QUE COMPLETO ESTÁS E DESSA BUSCA INCOERENTE NÃO MAIS PRECISARÁS. 





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ALGUMAS CITAÇÕES DO LIVRO "CONFISSÕES" DE SANTO AGOSTINHO

"QUE HAVIA EM TAL CRIATURA QUE NÃO FOSSE DIGNO DE ADMIRAÇÃO E LOUVOR? MAS, TUDO ISSO SÃO DONS DE MEU DEUS; NÃO OS RECEBI DE MIM MESMO; SÃO COISAS BOAS, E O CONJUNTO DELES CONSTITUI O MEU EU.
PORTANTO, BOM É AQUELE QUE ME CRIOU. ELE É O MEU BEM, E EU EXULTO EM SUA HONRA POR TODOS OS BENS QUE CONSTITUEM A MINHA EXISTÊNCIA DESDE A INFÂNCIA. MEU PECADO ERA NÃO PROCURAR NELE, E SIM NAS CRIATURAS, ISTO É, EM MIM MESMO E NOS OUTROS, OS PRAZERES, AS HONRAS E A VERDADE. EU ME PRECIPITAVA ASSIM NA DOR, NA CONFUSÃO E NO ERRO. GRAÇAS A TI, Ó MINHA DOÇURA, MINHA GLÓRIA, MINHA CONFIANÇA, MEU DEUS, PELOS DONS QUE ME DESTE. CONSERVA-OS, POIS. E ASSIM ME CONSERVARÁS. ENTÃO CRESCERÁ E SE APERFEIÇOARÁ TUDO O QUE ME DESTE. E EU MESMO VIVEREI CONTIGO, PORQUE FOSTE TU QUE ME DESTE A POSSIBILIDADE DE EXISTIR."
 

"Ó DEUS, TU ME CONHECES, FAZE QUE EU TE CONHEÇA, COMO SOU POR TI CONHECIDO. Ó VIRTUDE DE MINHA ALMA, PENETRA NA MINHA ALMA, FAZE QUE ELA SEJA SEMELHANTE A TI, PARA QUE A POSSUAS "SEM MANCHA NEM RUGA". ESTA É A MINHA ESPERANÇA, POR ELA FALO E NESSA ESPERANÇA ME ALEGRO QUANDO EXPERIMENTO UMA SÃ ALEGRIA. TUDO O MAIS NESTA VIDA, QUANTO MAIS SE CHORA, MENOS MERECE SER CHORADO E TANTO MAIS SERIA DE CHORAR QUANTO MENOS POR ELE SE CHORA. "AMASTE A VERDADE", POIS, QUEM A PRATICA ALCANÇA A LUZ. TAMBÉM EU QUERO PRATICÁ-LA NO ÍNTIMO DO CORAÇÃO, DIANTE DE TI NA MINHA CONFISSÃO, E DIANTE DE MUITAS TESTEMUNHAS NOS MEUS ESCRITOS."



"TARDE TE AMEI, Ó BELEZA TÃO ANTIGA E TÃO NOVA! TARDE DEMAIS EU TE AMEI! EIS QUE HABITAVAS DENTRO DE MIM E EU TE PROCURAVA DO LADO DE FORA! EU, DISFORME, LANÇAVA-ME SOBRE AS BELAS FORMAS DAS TUAS CRIATURAS. ESTAVAS COMIGO, MAS EU NÃO ESTAVA CONTIGO. RETINHAM-ME LONGE DE TI  AS TUAS CRIATURAS, QUE NÃO EXISTIRIAM SE EM TI NÃO EXISTISSEM. TU ME CHAMASTE, E TEU GRITO ROMPEU A MINHA SURDEZ. FULGURASTE E BRILHASTE  E TUA LUZ AFUGENTOU A MINHA CEGUEIRA. ESPARGISTE TUA FRAGRÂNCIA E, RESPIRANDO-A, SUSPIREI POR TI. EU TE SABOREEI, E AGORA TENHO FOME E SEDE DE TI. TU ME TOCASTE, E AGORA ESTOU ARDENDO NO DESEJO DE TUA PAZ."



"TODAVIA, ONDE É QUE TE ENCONTREI, PARA PODER CONHECER-TE? NÃO ESTAVAS NA MINHA MEMÓRIA ANTES DE EU TE CONHECER. ONDE, ENTÃO, TE ENCONTREI, PARA CONHECER-TE, SENÃO EM TI MESMO, ACIMA DE MIM? NO ENTANTO, AÍ NÃO EXISTE ESPAÇO. QUER NOS DISTANCIEMOS, QUER NOS APROXIMEMOS DE TI, ESPAÇO NÃO HÁ. TU, A VERDADE, REINAS EM TODA PARTE SOBRE TODOS AQUELES QUE TE CONSULTAM, E RESPONDES AO MESMO TEMPO A TODAS AS CONSULTAS DIVERSAS QUE TE SÃO APRESENTADAS. RESPONDES COM CLAREZA, MAS NEM TODOS ENTENDEM CLARAMENTE. TODOS TE CONSULTAM SOBRE O QUE QUEREM, MAS NEM TODOS OUVEM SEMPRE O QUE QUEREM. SERVO FIEL É AQUELE QUE NÃO ESPERA OUVIR DE TI O QUE DESEJARIA OUVIR, MAS ANTES DESEJA AQUILO QUE OUVE DE TI." 



"FIZESTE-NOS PARA TI, E INQUIETO ESTÁ O NOSSO CORAÇÃO, ENQUANTO NÃO REPOUSA EM TI. DÁ-ME, SENHOR, SABER COMPREENDER QUAL SEJA O PRIMEIRO: INVOCAR-TE OU LOUVAR-TE; CONHECER-TE OU INVOCAR-TE. MAS, QUEM TE INVOCARÁ SEM TE CONHECER? POR IGNORÁ-LO, PODERÁ INVOCAR ALGUÉM EM LUGAR DE OUTRO. OU SERÁ QUE É MELHOR SERES INVOCADO,  PARA SERES CONHECIDO? "COMO,PORÉM, INVOCARÃO AQUELE EM QUEM NÃO CREEM? E COMO TERÃO FÉ SEM TER QUEM ANUNCIE? LOUVARÃO O SENHOR AQUELES QUE O PROCURAM". QUEM O PROCURA O ENCONTRA, E, TENDO-O ENCONTRADO, O LOUVARÁ. QUE EU TE BUSQUE, SENHOR, INVOCANDO-TE; E QUE EU TE INVOQUE, CRENDO EM TI: TU NOS FOSTE ANUNCIADO. INVOCA-TE, SENHOR, A MINHA FÉ, QUE ME DESTE, QUE ME INSPIRASTE PELA HUMANIDADE DE TEU FILHO, PELO MINISTÉRIO DE TEU PREGADOR."



"NÃO SÃO, POIS, OS VASOS CHEIOS DE TI QUE TE TORNAM ESTÁVEL PORQUE, AINDA QUE SE QUEBREM, NÃO TE DERRAMAS; E QUANDO TE DERRAMAS SOBRE NÓS NÃO ÉS TU QUE TE ABAIXAS, MAS NÓS QUE SOMOS ELEVADOS A TI: NÃO TE DISPERSAS, MAS NOS RECOLHES A NÓS."



"É POR AMOR DO TEU AMOR QUE RETORNO AO PASSADO, PERCORRENDO OS ANTIGOS CAMINHOS DOS MEUS GRAVES ERROS. A RECORDAÇÃO É AMARGA, MAS ESPERO SENTIR TUA DOÇURA, DOÇURA QUE NÃO ENGANA, FELIZ E SEGURA E QUERO RECOMPOR MINHA UNIDADE DEPOIS DOS DILACERAMENTOS INTERIORES QUE SOFRI QUANDO ME PERDI EM TANTAS BAGATELAS, AO AFASTAR-ME DE TUA UNIDADE."



"EU QUERO A TI , Ó JUSTIÇA, Ó INOCÊNCIA, Ó BELEZA QUE ATRAI O OLHAR DOS VIRTUOSOS,QUE EM TI SE SATISFAZEM SEM JAMAIS SE SACIAR. JUNTO DE TI EXISTE PAZ PROFUNDA E VIDA IMPERTURBÁVEL. QUEM MERGULHA EM TI,"ENTRA NO GOZO DO SEU SENHOR", NÃO TERÁ MAIS RECEIO, E PERMANECERÁ SUMAMENTE BEM NO BEM SUPREMO.
DESANDEI LONGE DE TI, MEU DEUS, E NA MINHA ADOLESCÊNCIA ANDEI ERRANTE SEM TEU APOIO, TORNANDO-ME PARA MIM MESMO UM ANTRO DE MISÉRIA."


"BOM PARA MIM É APEGAR-ME COM DEUS", PORQUE, SE EU NÃO PERMANECER NELE, TAMPOUCO PODEREI PERMANECER EM MIM MESMO."ELE, IMUTÁVEL EM SI MESMO, RENOVA TODAS AS COISAS. TU ÉS O MEU SENHOR, PORQUE NÃO TENS NECESSIDADE DE MEUS BENS."

HISTÓRIA DA VIDA DOS SANTOS





São Roque
Protetor contra pestes e epidemias
16 de agosto


“... Olho para direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7)

Montpellier, na França, foi no ano de 1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque! O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada dessa criança, era afinal, uma benção desejada.
Roque foi levado a pia Batismal, já nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus.
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração.
Quando completou vinte anos, foi duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento. Dispos de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino, dirigiu-se a Roma.
Quando Roque chegou a Aguapendente, na Toscana, um terrível epidemia (Peste Negra) se alastrava, e nosso jovem peregrino ofereceu-se prontamente para tratar dos doentes que lotavam as enfermarias dos hospitais.
De Aguapendente seguiu para Caesena e Rimini, por toda parte onde chegava o jovem Roque, via-se desaparecer a terrível epidemia, como que a fugir do Santo.
Foi em Roma que a caridade de Roque achou um novo campo de ação, dedicando-se durante 3 anos, ao tratamento dos pobres e abandonados doentes. Depois voltou aos lugares onde já tinha estado, e seu zêlo escolhia entre os mais doentes, mais abonados, sempre nutrindo o desejo ardente de poder oferecer a Deus o sacrifício da vida.
Por vária vezes foi provado pela doença e em todas, o Senhor conservou-lhe a vida, no que todos reconheceram uma especial proteção Divina.
Na Itália, Roque conheceu o carisma franciscano e fez votos na Ordem Terceira, como irmão penitente.
Restabelecidas as forças, Roque seguiu para Piacenza, onde a Peste dizimava a população. Com uma abnegação, que lhe era peculiar, dedicou-se ao serviço de enfermeiro no hospital, sendo também atingido pelo terrível mal. Após um sono profundo, foi acometido duma febre violenta e atormentado por uma dor fortíssima na perna esquerda, causando-lhe uma terrivel chaga.
Roque aceitou a doença, como uma Graça Divina, as dores chegaram, porém, a tal ponto que fizeram chorar e gritar continuamente.
Em pouco tempo, Roque, viu-se abandonado e desprezado por todos, decidiu em seu coração, não se tornar um peso para ninguém. Com muito custo arrastou-se até um bosque e lá acomodou-se em uma cabana abandonada.
Confiando no Senhor e entregando-se a sua Divina Providência, Roque experimentou o amor de Deus, que todos os dias enviava um cão para alimentá-lo, trazendo um pão tirado da mesa do Fidalgo Gottardo.
Certa manhã Gottardo, observando as atitudes do cão, resolveu segui-lo e qual não foi sua surpresa ao encontra-lo na choupana em companhia de Roque. Assim todos descobriram o paradeiro do Santo.
Gottardo ficou algum tempo em companhia de Roque e este, sentindo-se restabelecido de sua forças decidiu voltar para sua terra natal.
A França, por aquele tempo, estava em guerra, e assim se explica que Roque, lá chegando fosse tomado por espião.
O sofrimento e a dor tinham deixado marcas significativas em seu rosto, em seu corpo, que até o próprio Tio, que era o juiz da cidade, não o reconheceu e condenou-o à prisão.
Toda essa humilhação, Roque aceitou sem protesto algum, e todas as injustiças sofridas, ofereceu por amor a Jesus e pela conversão dos pecadores.
Por cinco anos permanceu encarcerado sem que ninguém o reconhecesse foi acometido por uma grave e terminal enfermidade, lá no cárcere recebeu os Santos Sacramentos.
Confessou sua identidade ao Sacerdote, exalava de seu corpo um suave perfume de santidade que se-espalhou por todo o presídio, Roque com seus 32 anos, entregou sua santa alma ao Senhor humilde e silenciosamente, era o ano de 1327.
(O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuido foi a cura do seu carceireiro, que se chamava Justino e era manco de uma perna. Ao tocar no corpo de Roque, para verificar se estaria morto realemente, sentindo algo estranho percebeu sua perna milagrosamente curada).
Seu sepultamento, foi marcado por muitas honras e grandes milagres, agora reconhecido com nobre filho de Montpelier. Tempos mais tarde seus restos mortais foram transladados para Veneza, onde seus devotos lhe erigiram um belo templo.
Assegura-se que por intercessão de São Roque, muitas cidades foram poupadas da peste, entre elas Constança, na ocasião em que dentro dos muros se lhe reunia o grande concílio, em 1414.
O povo católico sempre nutriu especial confiança em devoção a São Roque e venera-o como padroeiro poderoso contra epidemias.
Será que não está a hora do povo Católico se unir em oração e clamar a intercessão de São Roque, junto ao Senhor, para que a “Gripe A”, seja definitivamente extinta. Devemos sempre acreditar, o Senhor tudo pode.
Para alcançar a vida eterna é necessária a prática da virtude. Em São Roque temos o modelo de homem virtuoso de fato.
Os Santos são setas que nos indicam o caminho que é Jesus, a verdade de Jesus e a vida que está em Jesus.
Oração a São Roque
São Roque, que vos dedicastes com todo o amor aos doentes contagiados pela peste, embora também a tenhais contraído, daí-nos paciência no sofrimento e na dor. São Roque, protegei não só a mim, mas também aos meus irmãos e irmãs, livrando-nos das doenças infecciosas. Enquanto eu estiver em condições de me dedicar aos meus irmãos, proponho-me ajuda-los em suas reais necessidades, aliviando um pouco o seu sofrimento. São Roque, abençoai os médicos, fortalecei os enfermeiros e atendentes dos hospitais e defendei a todos da doenças e do perigos.
Amém.


Santa Teresa de Jesus (d’Ávila)

Doutora da Igreja

15 de outubro

“Nada me perturbe, nada me espante, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo alcança! Quem a Deus tem, nada lhe falta, só Deus basta. Amém.” (Santa Teresa)

O ano de 1515 marcou para sempre a história da bela cidade de Ávila, na Espanha. Nasce para a Igreja e para o mundo a grande doutora da Igreja, Santa Teresa de Jesus.
Era, para o mundo, o século das grandes conquistas. Seus pais eram Alonso de Cepeda e Beatriz de Ahumada; eram nobres e muito piedosos; segundo seus biógrafos tiveram nove filhos. Na pia batismal nossa Santa foi batizada como Teresa de Cepeda y Ahumada.
Sua infância foi marcada pelas brincadeiras com os irmãos; o seu temperamento vivaz chamava a atenção de todos, pois aos 7 anos fugiu de casa para, segundo ela, sofrer o martírio entre os mouros na África.
O que despertou o desejo do martírio foram os livros que relatavam a vida dos santos mártires. A pequena Teresa sempre esteve às voltas com bons livros desde a mais tenra infância. Seu companheiro de aventuras era seu irmão Rodrigo.
Quando completou 12 anos sentiu a dor da perda. Sua bondosa mãezinha veio a falecer depois de uma breve enfermidade. A família sofre unida, sem perder a fé. Teresa, prostrada diante da imagem da Ssma. Virgem exclamou, “Mãe de misericórdia, a vós eu escolho para serdes minha mãe. Aceitai esta pobre orfãzinha no número de vossas filhas”. Sempre foi amparada pela Virgem Maria.
Já na adolescência deixou-se levar pelas vaidades. Por um tempo afastou-se das leituras religiosas, preferindo as profanas. As amizades fizeram a jovem Teresa perder o fervor e a devoção da infância.
Aos 20 anos seu pai entregou-a aos cuidados das religiosas agostinianas. A conversão foi imediata, firme e decidida. Foi neste tempo que uma grave enfermidade obrigou-a a voltar para casa, e na casa paterna sentiu um profundo desejo de servir a Deus na solidão do claustro.
O Sr. Alonso, ao saber de seu plano, opôs-se terminantemente. Teresa fugiu de casa. Seu destino: o mosteiro das Carmelitas de Ávila. Muitas foram as provações durante o tempo de noviciado. A jovem Teresa se prostra diante do Crucificado, e, lavada em lágrimas, implora a graça da fortaleza e da perseverança em servi-lo. A oração foi ouvida graças a intercessão da Ssma. Virgem e de São José.
Teresa sempre foi uma religiosa exemplar e determinada. Não admitia a mínima falta, e, nem o menor pecado venial; suas penitências eram rigorosas. Em uma das suas visões lhe foi mostrado o inferno; tal visão lhe impressionou tanto que sugeriu que os Carmelos restabelecessem a regra carmelita em todo o seu rigor primitivo.
Muitas foram as contrariedades. Teresa, porém, tendo a intuição de agir por vontade de Deus segue com seus planos e vence!
Com muita determinação põe os pés na estrada; viaja pela Espanha de alto a baixo (era chamada a “Freira viajante”) para erigir e ou reformar conventos.
Foram 32 mosteiros (17 femininos e 15 masculinos) por ela fundados, e outros tantos reformados. A antiga regra entrou em vigor.
Teresa de Jesus foi uma mística por excelência; sua vida interior, suas orações eram tão intensas quanto marcadas por visões e revelações celestes. Foi em um destes êxtases que teve o coração transpassado com uma seta de fogo por um anjo. Este fato é lembrado por toda a ordem carmelitana em cada 27 de Agosto. É a Festa da transverberação.
Os tempos seguintes foram de grandes provações. O inimigo, furioso como estava, semeou a discórdia e a perseguição a nossa Santa.
Em silêncio, oração e obediência, Teresa recolheu-se a um dos conventos, até que em 1580 o papa Gregório XIII declarou autônoma a ordem carmelitana descalça.
Santa Teresa era dotada de grande inteligência; seus conhecimentos teológicos eram profundos e bastante elevados. Era diante de Jesus sacramentado que Teresa achava a força necessária para a luta e para a vitória.
Seu diretor espiritual, São Pedro de Alcântara, era um mestre e para todas as situações tinha um sábio conselho. Dentre os dons extraordinários de Teresa estava o dom de ler as consciências e predizer o futuro.
Muitos foram os sofrimentos físicos, morais e espirituais. Atravessou a noite escura com tormentas violentíssimas visando abalar as suas estruturas sólidas de fé. Foi na oração que ela atingiu o mais alto grau da vida mística.
Teresa encontrou na própria ordem carmelitana masculina o frei João da Cruz, um místico de elevado valor e de inquietações semelhantes às suas. Santa Teresa e São João foram as colunas da mística e da oração para a Igreja de todos os tempos.
Os amores de Teresa eram: o Menino Jesus e a Ssma. Virgem e o glorioso São José (todos os conventos eram colocados sob a proteção de São José).
Oito anos antes de deixar este mundo, foi-lhe revelada a hora da morte. Sentindo esta hora se aproximar, dirigiu uma fervorosa circular a todos os conventos da ordem. Recebeu com muita devoção os santos sacramentos e constantemente rezava, “Meu Senhor, chegou afinal a hora desejada, que traz a felicidade de ver-vos eternamente”. – “Sou uma filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja católica quero morrer.”
“Senhor, não me rejeiteis da vossa face. Um coração contrito e humilhado não haveis de desprezar.”
Teresa de Jesus, com a idade de 67 anos, retorna para casa do pai, e como São Paulo repete, “Combati o bom combate. Guardei a fé...”
Logo após a morte, o corpo de Santa Teresa exalou um suave e delicioso perfume que permaneceu até o sepultamento; era o ano de 1582.
O coração transpassado pela lança de fogo apresenta uma larga e profunda ferida e acha-se guardado no Carmelo de Alba.
Deixa relatada sua história no magnífico Livro da Vida; um clássico para todos aqueles que buscam aquele algo mais na vida espiritual.
No ano de 1970, o então papa Paulo VI, declarou Santa Teresa de Jesus “Doutora da Igreja”.
Aqui em Itajaí, temos o privilégio de contar com a presença das filhas espirituais de Santa Teresa. No Carmelo que traz seu nome, as carmelitas, como que para-raios, rezam intermitentemente por todos nós, conhecidos ou não, amigos ou não. As nossas irmãs, no silêncio e na clausura, nos dão o exemplo de seguimento a Cristo, um seguimento sem reservas...
Que Santa Teresa nos inspire e interceda por nós,
Amém,



São João Bosco

Pai e Mestre da juventude

31 de Janeiro

“Quantas vezes no decurso de toda a minha vida tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar um jovem do que persuadi-lo” (Dom Bosco).

Somente quem, em algum momento da vida, teve contato com a obra e a vida de Dom Bosco, pode entender plenamente a dimensão da frase acima. No final de sua vida, os médicos diagnosticaram que a causa de sua morte foi um desgastar-se inteiramente por amor, um amor incondicional pela salvação da juventude.

Quem foi São João Bosco

Na pequena aldeia de Castelnuovo de Asti, no Piemonte, chamado Murialdo, nasceu, no dia 16 de Agosto de 1815, o filho de Francisco Bosco e Margarida Occhiena, que na Pia Batismal recebeu o nome de João Bosco. Seus pais eram camponeses pobres e muito virtuosos, a fé e a devoção é que impulsionavam a vida e a luta diária.
Por pouco tempo, o pequeno João conviveu com seu pai Francisco. Quando completou dois anos, ficou órfão de pai, e, para Dona Margarida, um tempo de grandes dificuldades estava por vir.
João era o terceiro filho do Senhor Francisco, pois este tinha outro, José, do 1º casamento. Viúvo, casou-se com Dona Margarida que amou e educou o pequeno José como seu legítimo filho.
Com a morte do pai, José, que já entrava na adolescência, tornou-se o homem da casa, porém um pouco rude e intransigente com seus irmãos menores.
Dona Margarida, mulher de temperamento forte, toma as rédeas e com sua piedade consegue manter e prover o sustento de seus filhos. Os tempos eram muito difíceis; a fome e a miséria alastravam-se pela Europa, dilacerada pelas guerras napoleônicas.
João Bosco crescia, ouvindo de sua mãe as mais belas histórias da Bíblia, bem como da vida dos Santos e mártires. Mamãe Margarida era doce e fina no trato com seus filhos, porém sem deixar de ser firme e determinada.
Foi em seu colo que João Bosco e seus irmãos aprenderam a rezar e saudar a Mãe de Nosso Senhor, a sempre Virgem Maria.
Aos nove anos, João Bosco tem o seu primeiro sonho profético; o próprio Senhor lhe mostra sua vocação e lhe dá uma Mestra, Nossa Senhora.
Joãozinho sente o despertar de sua vocação, deseja ardentemente servir a Deus como sacerdote. Mamãe Margarida, depois de ponderar bastante, decide levá-lo à presença do padre José Cafasso, que, após vários questionamentos e entrevistas, confirma a vocação e encaminha o menino para o seminário de Chieri.
Os anos de seminário foram de grandes provações, a refeição de seus companheiros, as dificuldades financeiras... Porém, aos poucos tornou-se o líder do grupo; seu jeito forte e determinado de ser, aliado à sua inteligência invejável, atraía a todos, alunos e professores.
Depois de longos anos de lutas e dificuldades, João Bosco é ordenado sacerdote, em Turim, no dia 5 de Junho de 1841; contava então com 26 anos. No dia de sua ordenação, Mamãe Margarida, com lágrimas nos olhos e beijando as mãos do filho disse-lhe, “Meu filho, pobre eu nasci e pobre vivemos até agora, porém, se um dia te tornares um sacerdote rico, peço-te que esqueças que sou tua mãe”.
Padre João Bosco, além do sacerdócio, sentia em seu coração o pulsar de um ideal principalmente quando se encontrava com uma centena de jovens sem rumo e sem direção, às margens da bela cidade de Turim.
O sonho dos nove anos volta à lembrança e sente que esse ideal é a missão que o Senhor lhe confiava.
Dom Bosco chama alguns daqueles jovens e oferece-lhes algo a mais do que a ociosidade; oferece oportunidade e aponta para o futuro. O grupo vai se tornando cada vez maior, Dom Bosco aluga um espaço e o chama de oratório.
É no oratório que os jovens fazem suas refeições, brincam, aprendem ofício e tem aulas de catecismo. Mamãe Margarida abraça o sonho e a obra de seu filho e torna-se a mão de todos.
Dom Bosco sempre pensa adiante; adquire máquina para tipografia, máquinas industriais para vários cursos. Sua obra começa a agradar a alguns e a incomodar a muitos outros.
A determinação e a coragem o faz seguir adiante. Outros jovens desejam o sacerdócio e com ele assumir a obra. O número era bastante significativo, o que levou Dom Bosco a fundar a Pia Sociedade de São Francisco de Salles, tendo por objetivo a educação juvenil.
O amor que Dom Bosco nutria pela Virgem Maria era tão grande, e a confiança em sua intercessão era tanta, que a chamava “Mãe e Mestra da juventude”, adotando o título de “Auxiliadora dos cristãos”.
Para prestar homenagem à Virgem Auxiliadora, dá início à construção da belíssima basílica, sem contar com nenhum centavo. A confiança na Providência, contudo, sempre esteve presente em Dom Bosco e assim a majestosa basílica foi-se erguendo, para o espanto de todos.
Dom Bosco, percebendo que muitas jovens encontravam-se também esquecidas e marginalizadas, desejou oferecer-lhes amparo moral, profissional e religioso; foi então que encontrou a jovem Maria Domingas Mazarello e com ela fundou o “Instituto das filhas de Maria Auxiliadora”.
Dom Bosco foi um sacerdote de visão; era visitado por nobres, imperadores e com eles manteve vasta correspondência, advertindo, inclusive, quanto a questões diplomáticas.
Incansável, Dom Bosco, que por seus jovens se consumia a cada dia, fazia a obra salesiana alcançar quase todos os continentes; seu ideal era abraçado por muitos, de diversos modos.
Antes de morrer, em seu leito, diz aos seus que estavam no quarto e aos que estavam no pátio: “Ela está aqui, a Virgem Maria está aqui”, e olhando a todos, diz “foi ela quem tudo fez. Digam a meus jovens que eu os espero no paraíso”.
Era o dia 31 de Janeiro de 1888. Morreu o sonhador; o sonho, porém, se concretizou para a eternidade.

Louvo e agradeço a Deus pelos sete anos durante os quais estudei no Colégio Salesiano Itajaí, pois foi lá que aprendi a conhecer e amar Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora.

O ano de 2012 marca o início do triênio de preparação para o bicentenário de nascimento de São João Bosco.
Dom Pascual Chávez de Villanuova, reitor-mor dos salesianos, assim falou: “Estamos convidados a estudar Dom Bosco e, através da aventura de sua vida, a conhecê-lo como educador e pastor, guia e legislador. Trata-se de um conhecimento que conduz ao amor, à imitação e à invocação”.

Que seu exemplo nos inspire, Dom Bosco sonhador!

Amém


4 de outubro.
 
 
São Francisco de Assis
1182-1226
Fundou a Ordem dos Franciscanos
a Ordem dos Capuchinhos
e a Ordem dos Franciscanos Conventuais


Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava.
 
Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto.
 
Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.
 
A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo.
 
Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados.
 
Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.
 
Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade.
O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.
 
Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais".


DATA: 21OUT2013 - Santa Úrsula

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.

Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.

Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nesta época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.

Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.

Santa Úrsula, rogai por nós!


São João da Cruz, O.Carm.
Frade e Doutor da Igreja (Doctor Mysticus)
Nascimento 24 de Junho de 1542 em Fontiveros, Ávila, Espanha
Morte 14 de Dezembro de 1591 (49 anos) em Úbeda, Jaén, Espanha
Veneração por Igreja Católica, Igreja Anglicana e Igreja Luterana
Canonização 27 de Dezembro de 1726 por Papa Bento XIII
Festa litúrgica 14 de Dezembro
Padroeiro Teologia mística
Gloriole.svg Portal dos Santos
São João da Cruz (Fontiveros, 24 de Junho de 1542Úbeda, 14 de Dezembro de 1591) foi um frade carmelita espanhol, famoso por suas poesias místicas e que foi proclamado 26º Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI.

Biografia

João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de Junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior”, foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo. Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem do Carmo aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".


São João Nepomuceno


São João Nepomuceno     

Dia 16 de maio
História: De família pobre, São João Nepomuceno nasceu quando seus pais já estavam em avançada idade.
Daí ser “João” o seu nome, numa alusão ao nascimento de João Batista que também nascera quando Santa Isabel já era bastante idosa. Estudou na universidade de Praga, onde se formou em Direito Canônico e doutorou-se em teologia.
Ordenado sacerdote, sua grande eloqüência levou-o à corte, e ali tornou-se capelão e confessor. A própria rainha e imperatriz Joana tomou-o para diretor espiritual. Pouco se sabe da realidade dos fatos que culminaram no seu cruel martírio.
Alguns afirmaram que São João Nepomuceno tornou-se um obstáculo às pretensões do rei, desejoso de controlar a Igreja. A opinião mais comum, entretanto, é que na impossibilidade de arrancar-lhe o segredo da confissão concernente à vida de sua esposa, o rei mandou torturá-lo.
Primeiramente queimaram em fogo lento suas partes íntimas. Como continuasse firme na decisão de manter o segredo da confissão, sem que ninguém percebesse foi lançado nas águas do rio Moldava.
O corpo de São João Nepomuceno foi, entretanto, descoberto e recebeu digna sepultura na Igreja de Santa Cruz. Em seu túmulo foi gravado este epitáfio: Aqui jaz o venerabilíssimo João Nepomuceno, doutor, cônego desta igreja e confessor da rainha, ilustre pelos seus milagres, o qual por ter guardado o sigilo sacramental foi cruelmente torturado, e lançado de cima da ponte de Praga, no rio Moldava, por ordem de Venceslau IV, no ano de 1383.
São João Nepomuceno, nasceu no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis, em Pomuk, vilarejo nas proximidades de Praga, na Boêmia. Foi canonizado em 17 de junho de 1977. O seu corpo foi descoberto pelo milagre de ficar totalmente iluminado, sobre as águas do rio Moldava.
Fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco

Oração de São João Nepomuceno: Concedei-me, Ó Senhor do céu e da terra, ser sempre bem firme na luta pelos direitos da fé e da Igreja, e pela intercessão de São João Nepomuceno, dai-me, Senhor, a graça que vos peço. Por Cristo Jesus, amém. São João Nepomuceno, rogai por nós.
 Devoção: Ao sigilo da confissão e à fidelidade à Palavra
Padroeiro: Diretores espirituais



    SANTA RITA DE CÁSSIA
 
         Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora.
          Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento.  Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas. 
       Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração.
      Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.
       Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1457.
      No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

Santificação e corpo intacto

        No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1990, canonizada. O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje. Qualquer pessoa pode contemplá-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo. 
Bênção das rosas
"Ò Deus, criador e conservador do gênero humano, supremo doador das graças espirituais, que concedeis generoso a salvação: dai a vossa benção a estas rosas, que nós, os devotos de santa Rita, vos apresentamos, pedindo que abençoeis. Por elas sejam curadas todas as enfermidades das pessoas que a usarem, trouxerem consigo, conservem em casa ou em qualquer lugar, e devotamente as guardarem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do espírito santo. Amém.