
São Roque
Protetor contra pestes e epidemias
16 de agosto
“... Olho para direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim. Não existe para mim um refúgio ninguém que se interesse pela minha vida, eu vos chamo Senhor, vós sois meu refúgio, sois meu quinhão na terra dos vivos. Atendei o meu clamor...” (Salmo 141, 5-7)
Montpellier, na França, foi no ano de 1295, cenário e berço do nascimento de um de seus mais ilustres filhos; Roque! O nobre Fidalgo João e sua esposa Libéria, aguardavam com ansiedade a chegada dessa criança, era afinal, uma benção desejada.
Roque foi levado a pia Batismal, já nos primeiros dias de vida; sua mãe Libéria, era mulher virtuosa, mulher de fé e piedosa, que via naquele frágil bebê, um sinal de amor de Deus.
O pequeno Roque teve uma educação primorosa, estudou nos melhores colégios e herdou de sua mãe os mais vivos sentimentos de fé, e vida de oração.
Quando completou vinte anos, foi duramente provado com a morte repentina de seus pais, vendo-se sozinho e com uma herança invejável, sentiu em seu coração um forte apelo ao despojamento. Dispos de todos os seus bens móveis em favor dos mais necessitados e os imóveis foram entregues aos cuidados de seu tio; Roque em condições de pobre peregrino, dirigiu-se a Roma.
Quando Roque chegou a Aguapendente, na Toscana, um terrível epidemia (Peste Negra) se alastrava, e nosso jovem peregrino ofereceu-se prontamente para tratar dos doentes que lotavam as enfermarias dos hospitais.
De Aguapendente seguiu para Caesena e Rimini, por toda parte onde chegava o jovem Roque, via-se desaparecer a terrível epidemia, como que a fugir do Santo.
Foi em Roma que a caridade de Roque achou um novo campo de ação, dedicando-se durante 3 anos, ao tratamento dos pobres e abandonados doentes. Depois voltou aos lugares onde já tinha estado, e seu zêlo escolhia entre os mais doentes, mais abonados, sempre nutrindo o desejo ardente de poder oferecer a Deus o sacrifício da vida.
Por vária vezes foi provado pela doença e em todas, o Senhor conservou-lhe a vida, no que todos reconheceram uma especial proteção Divina.
Na Itália, Roque conheceu o carisma franciscano e fez votos na Ordem Terceira, como irmão penitente.
Restabelecidas as forças, Roque seguiu para Piacenza, onde a Peste dizimava a população. Com uma abnegação, que lhe era peculiar, dedicou-se ao serviço de enfermeiro no hospital, sendo também atingido pelo terrível mal. Após um sono profundo, foi acometido duma febre violenta e atormentado por uma dor fortíssima na perna esquerda, causando-lhe uma terrivel chaga.
Roque aceitou a doença, como uma Graça Divina, as dores chegaram, porém, a tal ponto que fizeram chorar e gritar continuamente.
Em pouco tempo, Roque, viu-se abandonado e desprezado por todos, decidiu em seu coração, não se tornar um peso para ninguém. Com muito custo arrastou-se até um bosque e lá acomodou-se em uma cabana abandonada.
Confiando no Senhor e entregando-se a sua Divina Providência, Roque experimentou o amor de Deus, que todos os dias enviava um cão para alimentá-lo, trazendo um pão tirado da mesa do Fidalgo Gottardo.
Certa manhã Gottardo, observando as atitudes do cão, resolveu segui-lo e qual não foi sua surpresa ao encontra-lo na choupana em companhia de Roque. Assim todos descobriram o paradeiro do Santo.
Gottardo ficou algum tempo em companhia de Roque e este, sentindo-se restabelecido de sua forças decidiu voltar para sua terra natal.
A França, por aquele tempo, estava em guerra, e assim se explica que Roque, lá chegando fosse tomado por espião.
O sofrimento e a dor tinham deixado marcas significativas em seu rosto, em seu corpo, que até o próprio Tio, que era o juiz da cidade, não o reconheceu e condenou-o à prisão.
Toda essa humilhação, Roque aceitou sem protesto algum, e todas as injustiças sofridas, ofereceu por amor a Jesus e pela conversão dos pecadores.
Por cinco anos permanceu encarcerado sem que ninguém o reconhecesse foi acometido por uma grave e terminal enfermidade, lá no cárcere recebeu os Santos Sacramentos.
Confessou sua identidade ao Sacerdote, exalava de seu corpo um suave perfume de santidade que se-espalhou por todo o presídio, Roque com seus 32 anos, entregou sua santa alma ao Senhor humilde e silenciosamente, era o ano de 1327.
(O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuido foi a cura do seu carceireiro, que se chamava Justino e era manco de uma perna. Ao tocar no corpo de Roque, para verificar se estaria morto realemente, sentindo algo estranho percebeu sua perna milagrosamente curada).
Seu sepultamento, foi marcado por muitas honras e grandes milagres, agora reconhecido com nobre filho de Montpelier. Tempos mais tarde seus restos mortais foram transladados para Veneza, onde seus devotos lhe erigiram um belo templo.
Assegura-se que por intercessão de São Roque, muitas cidades foram poupadas da peste, entre elas Constança, na ocasião em que dentro dos muros se lhe reunia o grande concílio, em 1414.
O povo católico sempre nutriu especial confiança em devoção a São Roque e venera-o como padroeiro poderoso contra epidemias.
Será que não está a hora do povo Católico se unir em oração e clamar a intercessão de São Roque, junto ao Senhor, para que a “Gripe A”, seja definitivamente extinta. Devemos sempre acreditar, o Senhor tudo pode.
Para alcançar a vida eterna é necessária a prática da virtude. Em São Roque temos o modelo de homem virtuoso de fato.
Os Santos são setas que nos indicam o caminho que é Jesus, a verdade de Jesus e a vida que está em Jesus.
Oração a São Roque
São Roque, que vos dedicastes com todo o amor aos doentes contagiados pela peste, embora também a tenhais contraído, daí-nos paciência no sofrimento e na dor. São Roque, protegei não só a mim, mas também aos meus irmãos e irmãs, livrando-nos das doenças infecciosas. Enquanto eu estiver em condições de me dedicar aos meus irmãos, proponho-me ajuda-los em suas reais necessidades, aliviando um pouco o seu sofrimento. São Roque, abençoai os médicos, fortalecei os enfermeiros e atendentes dos hospitais e defendei a todos da doenças e do perigos. Amém.
Santa Teresa de Jesus (d’Ávila)
Doutora
da Igreja
15 de
outubro
“Nada
me perturbe, nada me espante, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo
alcança! Quem a Deus tem, nada lhe falta, só Deus basta. Amém.” (Santa Teresa)
O ano
de 1515 marcou para sempre a história da bela cidade de Ávila, na Espanha.
Nasce para a Igreja e para o mundo a grande doutora da Igreja, Santa Teresa de
Jesus.
Era,
para o mundo, o século das grandes conquistas. Seus pais eram Alonso de Cepeda
e Beatriz de Ahumada; eram nobres e muito piedosos; segundo seus biógrafos
tiveram nove filhos. Na pia batismal nossa Santa foi batizada como Teresa de
Cepeda y Ahumada.
Sua
infância foi marcada pelas brincadeiras com os irmãos; o seu temperamento vivaz
chamava a atenção de todos, pois aos 7 anos fugiu de casa para, segundo ela,
sofrer o martírio entre os mouros na África.
O que
despertou o desejo do martírio foram os livros que relatavam a vida dos santos
mártires. A pequena Teresa sempre esteve às voltas com bons livros desde a mais
tenra infância. Seu companheiro de aventuras era seu irmão Rodrigo.
Quando
completou 12 anos sentiu a dor da perda. Sua bondosa mãezinha veio a falecer
depois de uma breve enfermidade. A família sofre unida, sem perder a fé. Teresa,
prostrada diante da imagem da Ssma. Virgem exclamou, “Mãe de misericórdia, a
vós eu escolho para serdes minha mãe. Aceitai esta pobre orfãzinha no número de
vossas filhas”. Sempre foi amparada pela Virgem Maria.
Já na
adolescência deixou-se levar pelas vaidades. Por um tempo afastou-se das
leituras religiosas, preferindo as profanas. As amizades fizeram a jovem Teresa
perder o fervor e a devoção da infância.
Aos
20 anos seu pai entregou-a aos cuidados das religiosas agostinianas. A
conversão foi imediata, firme e decidida. Foi neste tempo que uma grave
enfermidade obrigou-a a voltar para casa, e na casa paterna sentiu um profundo
desejo de servir a Deus na solidão do claustro.
O Sr.
Alonso, ao saber de seu plano, opôs-se terminantemente. Teresa fugiu de casa.
Seu destino: o mosteiro das Carmelitas de Ávila. Muitas foram as provações
durante o tempo de noviciado. A jovem Teresa se prostra diante do Crucificado,
e, lavada em lágrimas, implora a graça da fortaleza e da perseverança em servi-lo.
A oração foi ouvida graças a intercessão da Ssma. Virgem e de São José.
Teresa
sempre foi uma religiosa exemplar e determinada. Não admitia a mínima falta, e,
nem o menor pecado venial; suas penitências eram rigorosas. Em uma das suas
visões lhe foi mostrado o inferno; tal visão lhe impressionou tanto que sugeriu
que os Carmelos restabelecessem a regra carmelita em todo o seu rigor
primitivo.
Muitas
foram as contrariedades. Teresa, porém, tendo a intuição de agir por vontade de
Deus segue com seus planos e vence!
Com
muita determinação põe os pés na estrada; viaja pela Espanha de alto a baixo
(era chamada a “Freira viajante”) para erigir e ou reformar conventos.
Foram
32 mosteiros (17 femininos e 15 masculinos) por ela fundados, e outros tantos
reformados. A antiga regra entrou em vigor.
Teresa
de Jesus foi uma mística por excelência; sua vida interior, suas orações eram
tão intensas quanto marcadas por visões e revelações celestes. Foi em um destes
êxtases que teve o coração transpassado com uma seta de fogo por um anjo. Este
fato é lembrado por toda a ordem carmelitana em cada 27 de Agosto. É a Festa da
transverberação.
Os
tempos seguintes foram de grandes provações. O inimigo, furioso como estava,
semeou a discórdia e a perseguição a nossa Santa.
Em silêncio,
oração e obediência, Teresa recolheu-se a um dos conventos, até que em 1580 o
papa Gregório XIII declarou autônoma a ordem carmelitana descalça.
Santa
Teresa era dotada de grande inteligência; seus conhecimentos teológicos eram
profundos e bastante elevados. Era diante de Jesus sacramentado que Teresa
achava a força necessária para a luta e para a vitória.
Seu
diretor espiritual, São Pedro de Alcântara, era um mestre e para todas as
situações tinha um sábio conselho. Dentre os dons extraordinários de Teresa
estava o dom de ler as consciências e predizer o futuro.
Muitos
foram os sofrimentos físicos, morais e espirituais. Atravessou a noite escura
com tormentas violentíssimas visando abalar as suas estruturas sólidas de fé.
Foi na oração que ela atingiu o mais alto grau da vida mística.
Teresa
encontrou na própria ordem carmelitana masculina o frei João da Cruz, um
místico de elevado valor e de inquietações semelhantes às suas. Santa Teresa e
São João foram as colunas da mística e da oração para a Igreja de todos os
tempos.
Os amores
de Teresa eram: o Menino Jesus e a Ssma. Virgem e o glorioso São José (todos os
conventos eram colocados sob a proteção de São José).
Oito
anos antes de deixar este mundo, foi-lhe revelada a hora da morte. Sentindo
esta hora se aproximar, dirigiu uma fervorosa circular a todos os conventos da
ordem. Recebeu com muita devoção os santos sacramentos e constantemente rezava,
“Meu Senhor, chegou afinal a hora desejada, que traz a felicidade de ver-vos
eternamente”. – “Sou uma filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja católica
quero morrer.”
“Senhor,
não me rejeiteis da vossa face. Um coração contrito e humilhado não haveis de
desprezar.”
Teresa
de Jesus, com a idade de 67 anos, retorna para casa do pai, e como São Paulo
repete, “Combati o bom combate. Guardei a fé...”
Logo
após a morte, o corpo de Santa Teresa exalou um suave e delicioso perfume que
permaneceu até o sepultamento; era o ano de 1582.
O
coração transpassado pela lança de fogo apresenta uma larga e profunda ferida e
acha-se guardado no Carmelo de Alba.
Deixa
relatada sua história no magnífico Livro
da Vida; um clássico para todos aqueles que buscam aquele algo mais na vida
espiritual.
No
ano de 1970, o então papa Paulo VI, declarou Santa Teresa de Jesus “Doutora da
Igreja”.
Aqui
em Itajaí, temos o privilégio de contar com a presença das filhas espirituais
de Santa Teresa. No Carmelo que traz seu nome, as carmelitas, como que
para-raios, rezam intermitentemente por todos nós, conhecidos ou não, amigos ou
não. As nossas irmãs, no silêncio e na clausura, nos dão o exemplo de
seguimento a Cristo, um seguimento sem reservas...
Que
Santa Teresa nos inspire e interceda por nós,
Amém,


São João Bosco
Pai e Mestre da juventude
31 de Janeiro
“Quantas
vezes no decurso de toda a minha vida tive de me convencer desta grande
verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar um
jovem do que persuadi-lo” (Dom Bosco).
Somente
quem, em algum momento da vida, teve contato com a obra e a vida de Dom
Bosco, pode entender plenamente a dimensão da frase acima. No final de
sua vida, os médicos diagnosticaram que a causa de sua morte foi um
desgastar-se inteiramente por amor, um amor incondicional pela salvação
da juventude.
Quem foi São João Bosco
Na
pequena aldeia de Castelnuovo de Asti, no Piemonte, chamado Murialdo,
nasceu, no dia 16 de Agosto de 1815, o filho de Francisco Bosco e
Margarida Occhiena, que na Pia Batismal recebeu o nome de João Bosco.
Seus pais eram camponeses pobres e muito virtuosos, a fé e a devoção é
que impulsionavam a vida e a luta diária.
Por
pouco tempo, o pequeno João conviveu com seu pai Francisco. Quando
completou dois anos, ficou órfão de pai, e, para Dona Margarida, um
tempo de grandes dificuldades estava por vir.
João
era o terceiro filho do Senhor Francisco, pois este tinha outro, José,
do 1º casamento. Viúvo, casou-se com Dona Margarida que amou e educou o
pequeno José como seu legítimo filho.
Com
a morte do pai, José, que já entrava na adolescência, tornou-se o homem
da casa, porém um pouco rude e intransigente com seus irmãos menores.
Dona
Margarida, mulher de temperamento forte, toma as rédeas e com sua
piedade consegue manter e prover o sustento de seus filhos. Os tempos
eram muito difíceis; a fome e a miséria alastravam-se pela Europa,
dilacerada pelas guerras napoleônicas.
João
Bosco crescia, ouvindo de sua mãe as mais belas histórias da Bíblia,
bem como da vida dos Santos e mártires. Mamãe Margarida era doce e fina
no trato com seus filhos, porém sem deixar de ser firme e determinada.
Foi em seu colo que João Bosco e seus irmãos aprenderam a rezar e saudar a Mãe de Nosso Senhor, a sempre Virgem Maria.
Aos
nove anos, João Bosco tem o seu primeiro sonho profético; o próprio
Senhor lhe mostra sua vocação e lhe dá uma Mestra, Nossa Senhora.
Joãozinho
sente o despertar de sua vocação, deseja ardentemente servir a Deus
como sacerdote. Mamãe Margarida, depois de ponderar bastante, decide
levá-lo à presença do padre José Cafasso, que, após vários
questionamentos e entrevistas, confirma a vocação e encaminha o menino
para o seminário de Chieri.
Os
anos de seminário foram de grandes provações, a refeição de seus
companheiros, as dificuldades financeiras... Porém, aos poucos tornou-se
o líder do grupo; seu jeito forte e determinado de ser, aliado à sua
inteligência invejável, atraía a todos, alunos e professores.
Depois
de longos anos de lutas e dificuldades, João Bosco é ordenado
sacerdote, em Turim, no dia 5 de Junho de 1841; contava então com 26
anos. No dia de sua ordenação, Mamãe Margarida, com lágrimas nos olhos e
beijando as mãos do filho disse-lhe, “Meu filho, pobre eu nasci e pobre
vivemos até agora, porém, se um dia te tornares um sacerdote rico,
peço-te que esqueças que sou tua mãe”.
Padre
João Bosco, além do sacerdócio, sentia em seu coração o pulsar de um
ideal principalmente quando se encontrava com uma centena de jovens sem
rumo e sem direção, às margens da bela cidade de Turim.
O sonho dos nove anos volta à lembrança e sente que esse ideal é a missão que o Senhor lhe confiava.
Dom
Bosco chama alguns daqueles jovens e oferece-lhes algo a mais do que a
ociosidade; oferece oportunidade e aponta para o futuro. O grupo vai se
tornando cada vez maior, Dom Bosco aluga um espaço e o chama de
oratório.
É no oratório que os
jovens fazem suas refeições, brincam, aprendem ofício e tem aulas de
catecismo. Mamãe Margarida abraça o sonho e a obra de seu filho e
torna-se a mão de todos.
Dom
Bosco sempre pensa adiante; adquire máquina para tipografia, máquinas
industriais para vários cursos. Sua obra começa a agradar a alguns e a
incomodar a muitos outros.
A
determinação e a coragem o faz seguir adiante. Outros jovens desejam o
sacerdócio e com ele assumir a obra. O número era bastante
significativo, o que levou Dom Bosco a fundar a Pia Sociedade de São
Francisco de Salles, tendo por objetivo a educação juvenil.
O
amor que Dom Bosco nutria pela Virgem Maria era tão grande, e a
confiança em sua intercessão era tanta, que a chamava “Mãe e Mestra da
juventude”, adotando o título de “Auxiliadora dos cristãos”.
Para
prestar homenagem à Virgem Auxiliadora, dá início à construção da
belíssima basílica, sem contar com nenhum centavo. A confiança na
Providência, contudo, sempre esteve presente em Dom Bosco e assim a
majestosa basílica foi-se erguendo, para o espanto de todos.
Dom
Bosco, percebendo que muitas jovens encontravam-se também esquecidas e
marginalizadas, desejou oferecer-lhes amparo moral, profissional e
religioso; foi então que encontrou a jovem Maria Domingas Mazarello e
com ela fundou o “Instituto das filhas de Maria Auxiliadora”.
Dom
Bosco foi um sacerdote de visão; era visitado por nobres, imperadores e
com eles manteve vasta correspondência, advertindo, inclusive, quanto a
questões diplomáticas.
Incansável,
Dom Bosco, que por seus jovens se consumia a cada dia, fazia a obra
salesiana alcançar quase todos os continentes; seu ideal era abraçado
por muitos, de diversos modos.
Antes
de morrer, em seu leito, diz aos seus que estavam no quarto e aos que
estavam no pátio: “Ela está aqui, a Virgem Maria está aqui”, e olhando a
todos, diz “foi ela quem tudo fez. Digam a meus jovens que eu os espero
no paraíso”.
Era o dia 31 de Janeiro de 1888. Morreu o sonhador; o sonho, porém, se concretizou para a eternidade.
Louvo
e agradeço a Deus pelos sete anos durante os quais estudei no Colégio
Salesiano Itajaí, pois foi lá que aprendi a conhecer e amar Dom Bosco e
Nossa Senhora Auxiliadora.
O ano de 2012 marca o início do triênio de preparação para o bicentenário de nascimento de São João Bosco.
Dom
Pascual Chávez de Villanuova, reitor-mor dos salesianos, assim falou:
“Estamos convidados a estudar Dom Bosco e, através da aventura de sua
vida, a conhecê-lo como educador e pastor, guia e legislador. Trata-se
de um conhecimento que conduz ao amor, à imitação e à invocação”.
Que seu exemplo nos inspire, Dom Bosco sonhador!
Amém
São João da Cruz (Fontiveros, 24 de Junho de 1542 — Úbeda, 14 de Dezembro de 1591) foi um frade carmelita espanhol, famoso por suas poesias místicas e que foi proclamado 26º Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI.
4
de outubro.

São Francisco de Assis
1182-1226
1182-1226
Fundou a Ordem dos Franciscanos
a Ordem dos Capuchinhos
e a Ordem dos Franciscanos Conventuais
a Ordem dos Capuchinhos
e a Ordem dos Franciscanos Conventuais
Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis,
na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família
tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem
preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o
desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às
festas, ostentando um ar de príncipe que encantava.
Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve
em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres.
Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio
manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais
se desviou da educação cristã que recebeu da mãe,
mantendo-se casto.
Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava.
Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à
religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até
das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai
revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres.
Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo.
Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo
em sua época.
A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando
cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os
conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência
com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada.
Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e
à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao
mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e
aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte
Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as
chagas de Cristo.
Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que
só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo
muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus
seguidores ainda são respeitados e imitados.
Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros
são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de
qualquer parte do mundo.
Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos.
Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São
Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma
riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a
humanidade.
O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação
de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da
Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália,
não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco
de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por
devotos do mundo inteiro.
Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o
padroeiro do meio ambiente. Por isso que no dia de sua
festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia
Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais".
São João da Cruz, O.Carm. | |
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Frade e Doutor da Igreja (Doctor Mysticus) | |
Nascimento | 24 de Junho de 1542 em Fontiveros, Ávila, Espanha |
Morte | 14 de Dezembro de 1591 (49 anos) em Úbeda, Jaén, Espanha |
Veneração por | Igreja Católica, Igreja Anglicana e Igreja Luterana |
Canonização | 27 de Dezembro de 1726 por Papa Bento XIII |
Festa litúrgica | 14 de Dezembro |
Padroeiro | Teologia mística |
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Biografia
João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de Junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo.
Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior”, foi deserdado por
seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para
Arévalo. Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro
reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres.
Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem do Carmo
aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei
João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo,
mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua
profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito
seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua
Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da
vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos,
ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida
religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços.
O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou
o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, juntamente com
Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à
mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos
físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de
Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia
espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".
Padroeiro: Diretores espirituais
São João Nepomuceno

Dia 16 de maio
História: De família pobre, São João Nepomuceno nasceu quando seus pais já estavam em avançada idade.
Daí ser “João” o seu nome, numa alusão ao nascimento de João Batista
que também nascera quando Santa Isabel já era bastante idosa. Estudou na
universidade de Praga, onde se formou em Direito Canônico e doutorou-se
em teologia.
Ordenado sacerdote, sua grande eloqüência levou-o à corte, e ali
tornou-se capelão e confessor. A própria rainha e imperatriz Joana
tomou-o para diretor espiritual. Pouco se sabe da realidade dos fatos
que culminaram no seu cruel martírio.
Alguns afirmaram que São João Nepomuceno tornou-se um obstáculo às
pretensões do rei, desejoso de controlar a Igreja. A opinião mais comum,
entretanto, é que na impossibilidade de arrancar-lhe o segredo da
confissão concernente à vida de sua esposa, o rei mandou torturá-lo.
Primeiramente queimaram em fogo lento suas partes íntimas. Como
continuasse firme na decisão de manter o segredo da confissão, sem que
ninguém percebesse foi lançado nas águas do rio Moldava.
O corpo de São João Nepomuceno foi, entretanto, descoberto e recebeu
digna sepultura na Igreja de Santa Cruz. Em seu túmulo foi gravado este
epitáfio: Aqui jaz o venerabilíssimo João Nepomuceno, doutor, cônego
desta igreja e confessor da rainha, ilustre pelos seus milagres, o qual
por ter guardado o sigilo sacramental foi cruelmente torturado, e
lançado de cima da ponte de Praga, no rio Moldava, por ordem de
Venceslau IV, no ano de 1383.
São João Nepomuceno, nasceu no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis, em Pomuk, vilarejo nas proximidades de Praga, na Boêmia. Foi canonizado em 17 de junho de 1977. O seu corpo foi descoberto pelo milagre de ficar totalmente iluminado, sobre as águas do rio Moldava.
Fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco
São João Nepomuceno, nasceu no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis, em Pomuk, vilarejo nas proximidades de Praga, na Boêmia. Foi canonizado em 17 de junho de 1977. O seu corpo foi descoberto pelo milagre de ficar totalmente iluminado, sobre as águas do rio Moldava.
Fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco
Oração de São João Nepomuceno: Concedei-me, Ó Senhor
do céu e da terra, ser sempre bem firme na luta pelos direitos da fé e
da Igreja, e pela intercessão de São João Nepomuceno, dai-me, Senhor, a
graça que vos peço. Por Cristo Jesus, amém. São João Nepomuceno, rogai
por nós.
Devoção: Ao sigilo da confissão e à fidelidade à PalavraPadroeiro: Diretores espirituais
SANTA
RITA DE CÁSSIA

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente
conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de
Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini
e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos
e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e
providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento
da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora.
Desde
jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que
ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre,
mas de temperamento excessivamente violento.
Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele
tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa
perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de
vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra
tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a
Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da
cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela
transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das
religiosas.
Uma
noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma
voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua
frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido
negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas
estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois
desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina.
As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida.
Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos.
Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente
flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração.
Certo dia pediu
com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir
a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua
testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça
conservada intacta com o resto do corpo.
Um dia uma parente foi
visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe
trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas,
pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu
pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se
surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os
ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e
as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e
morreu em 22 de Maio de 1457.
No
dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os
habitantes da cidade foram venerar a religiosa.
Santificação e corpo intacto
No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1990, canonizada. O
corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje.
Qualquer pessoa pode contemplá-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro
de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm
flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo.
Bênção das
rosas
"Ò Deus,
criador e conservador do gênero humano,
supremo doador das graças espirituais,
que concedeis generoso a salvação:
dai a vossa benção a estas rosas,
que nós, os devotos de santa Rita,
vos apresentamos, pedindo que abençoeis.
Por elas sejam curadas todas as enfermidades
das pessoas que a usarem, trouxerem consigo,
conservem em casa ou em qualquer
lugar, e devotamente as guardarem.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
na
unidade do espírito santo.
Amém.

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